Tuesday, October 31, 2006

Depois de tanto tempo. Tantos anos de espera, sofrimento, angústia, esperança. Ela sabia que aquilo aconteceria, mas não imaginava como o real seria diferente dos seus pensamentos e imaginação. Ele a esperava. Naquela mesma praia. Naquele mesmo bar. Ela ainda estava a caminho, ouvindo seu CD favorito. A música não era a mesma, talvez naquela época estivesse ouvindo o grande sucesso dos backstreet boys, ou quem sabe das spice girls, hoje está ouvindo Seu Jorge. Antes estaria nervosa com a sua aparência, se estaria gorda, magra, com o biquíni, short, óculos e sandálias da moda. Hoje sua preocupação era muito mais importante - o que aconteceria naquele tão esperado reencontro. Ela tinha mudado. Antes se sentia uma menina, experimentando e conhecendo a vida. Hoje, era uma mulher, segura, bonita, bem sucedida, confiante. Tinha sempre tudo sobre o controle. Aprendeu isso desde cedo, quando a vida lhe ensinou que nada era muito fácil, quando a vida lhe tirou o prazer de acreditar nas pessoas, quando a vida lhe mostrou o quão difícil é viver, amar e ser amado. Sua mente estava confusa. Pensamento entre o ontem e o hoje, entre a menina que fora um dia, alegre, e a mulher que se tornara, dura. Ela abriu a janela do carro e deixou o vento alcançar-lhe a face, respirou, sentiu o cheiro de uma época feliz que havia deixado para trás, há muitos anos. Ele ainda estava lá, sentado, esperando-a. Passava as mãos nos cabelos, loiros e ralos devido ao tempo. Esfregava suas mãos umas nas outras aliviando sua tensão. Consultava seu relógio de hora em hora. Já havia ligado umas três vezes certificando de que ela estaria a caminho, mas até agora, nada dela chegar.

Eles não se viam desde seu último encontro. Ela voltou ao tempo, num encontro confuso, onde nada ficou muito claro. Ele não esclareceu seus motivos, ela não explicitou seus sentimentos. Ele estava amedrontado e em dúvida. Ela estava segura, mas imensamente infeliz. Ela sabia que estava tomando a decisão certa sendo dura e escondendo suas vontades para com ele, depois de tudo que aconteceu, da maneira como foi usada. Ele estava envergonhado de sua atitude, e com medo de perder o amor de sua vida, mesmo já tendo outra em vista. Naquele dia, sentiram o mesmo amor, o mesmo desejo, a mesma vontade, mas sabiam que era o fim dos seus planos. Enfrentaram tantas dificuldades nos meses que passaram juntos, choraram, riram, brigaram, viviam felizes. Mas agora estava tudo diferente. Ele a deixou sem explicações. Ela, com orgulho ferido, tentou se mostrar forte, confiante. Ele tentou lhe beijar os lábios e lhe convidara para sair. Ela não entendendo a atitude dele, sentiu-se com raiva e vontade de quebrar-lhe a cara. Eles se despediram em um longo e nervoso abraço, e um singelo se cuida. E a partir daí, nunca mais se falaram e viram. O tempo foi passando, lentamente para ela, que o amava demais, tinha feito planos. Ele sentiu um pouco menos, por já ter um step a sua espera. Depois de longos anos, iriam novamente se encontrar. Naquela mesma praia, naquele mesmo bar, onde um dia, começaram e terminaram uma história.

Ela chegou. Estacionou o carro, por coincidência na mesma vaga que pararam um dia quando chegaram juntos ali. Ela sorriu. Olhou-se no espelho, pegou seu batom cor de boca, seu brilho e passou nos lábios, depois de se ajeitar e ficar com a aparência desejada, saiu do carro e seguiu em direção a seu destino. Ela o viu, parou e ficou esperando. Ele estava falando no celular. Andando de um lado para o outro, nervoso e sem atitude. Falava alto e tentava se acalmar num sorriso. Quando deu sua terceira volta na mesa, cruzou seu olhar com os dela. Ele desligou rapidamente. Fitou-lhe de cima em baixo. Ela estava linda. Com um vestido de praia, tecido mole, estampado em tom de vermelho. Suas pernas torneadas, bronzeadas e explícitas naquele mini - vestido. Seus cabelos longos, picotados num corte super moderno, que combinava com ela. Seu olhar amendoado, pequeno, sincero em conjunto com seu sorriso lindo, grande e branco. Ele seguiu em sua direção, com o olhar de uma criança feliz, sorriso apaixonado e braços abertos. Ela retribui seus gestos e foi andando em sua direção. O tempo parecia ter voltado. Ela se sentiu tonta, mas seguiu confiante. Os dois se encontraram e abraçaram por um longo e curto minuto. Ela tentou se afastar, mas ele a confortou em seus braços, fortes e velozes. Ela deixou ser confortada e abraçada. Em seguida ele puxou uma cadeira e a convidou para sentar. Ela sentou-se e ficou olhando aquele homem, que um dia foi seu menino e sorriu. Ele acariciou seu rosto e segurou suas mãos. Naquele momento, ela teve a certeza, de que com ele teria sido muito feliz, mas já se passara muito tempo. Ela não era mais a mesma. Eles conversaram, durante muito tempo. Pediram suas bebidas preferidas, comeram seus petiscos de sempre. Riram bastante como sempre faziam juntos e brincaram de suas brincadeiras. Depois de muito papo furado e diversão, ele acariciando seus cabelos, deixou explícito sua vontade de beijar-lhe os lábios, macios e corados. Ela tímida, mas segura, afastou-lhe de sua face e pediu um tempo para avaliar seus sentimentos. O tempo havia lhe modificado muito, e não tinha certeza se gostaria de reviver o que há tanto deixou para trás. Ela aprendeu a viver sozinha. Tinha decidido não amar mais alguém, dividir sua vida. Gostava de sua liberdade e estava habituada com sua solidão. Ela se fortificou assim e não se sentia segura perdendo as rédeas da situação. Ele sentiu-se decepcionado, triste, abaixou a cabeça e segurou as lágrimas que insistiam em molhar seus olhos. Ela olhou para ele, firme. Levantou sua cabeça segurando seu queixo, fez seus olhares se encontrarem. Ele tímido tentou desviar o olhar, mas ela o impediu com seu sorriso. Ela beijou-lhe o rosto. Ele entendeu. Sabia que deveria esperá-la assimilar e entender todos os sentimentos que lhe confundiam a mente. Entendia seus motivos e sabia o quanto havia a magoado no passado. Continuaram a conversar. Ficaram na praia até anoitecer, viram o por do sol, a chegada da lua, cheia, linda! Quando se despediram, ele a acompanhou ate seu carro lhe deu um longo abraço e um estalinho em seus lábios. Ela se sentiu feliz. Ele lhe olhou firme nos olhos e disse que não a deixaria escapar novamente como fizera outrora. Ela sorriu, ligou o carro e voltou para sua casa com a sua trilha sonora – Seu Jorge.

Lise de Paula

Monday, October 30, 2006

Indignada, inconformada, impotente, decepcionada, frustrada... com o resultado das eleições. Sinto-me envergonhada de ser brasileira. De deixar no poder um presidente psicopata, que não respeita seu país, seu povo. Que rouba descaradamente, sem medo, sem vergonha, sem escrúpulos e consegue continuar no poder, se fazendo de vítima, reeleito pelo seu próprio povo, roubado, enganado, que acredita na inocência do sr. Presidente povão, companheiro. É tanta mentira que enoja, é tudo tão explícito que é humilhante. O que está acontecendo com o brasileiro? Onde o país vai parar? Mais quatro anos de OBA - OBA! De viagens, de corrupção, de sujeira, de cara de pau, de ditadura. Do homem que acredita ser o sr. Razão e manipula o povo ignorante, sem estudos, burro. Que continuará sempre burro, humilhado, roubado e pisoteado pelos seus governantes depois dessa reeleição. O país vive um momento de corno manso. O povo vê o amante, sabe do amante e aceita o amante, simplesmente consegue conviver com ele, numa boa...sinceramente meu coração dói quando vejo a realidade do meu Brasil, que eu sempre tive orgulho e hoje, me envergonho, me entristeço. Minha vontade é de ir embora, e esquecer da minha origem. Onde estão os caras pintadas? Os movimentos estudantis, os jovens que acreditam e lutam por um país melhor, mais digno?

O meu voto é para uma revolução! Chega de corrupção! Acorda Brasil!!

Lise de Paula

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Dazaranha: Preto Vermelho

É bomba!
A casa que não se mora fica do lado de fora
E toda hora tem gente que quer comer
Antes da democracia adivinhar tem que ter
Arroz com feijão e casa pra morar
Não!
Jereré não é Jurerê
Jogue fora essa idéia de achar
Que sem você haverá mudança
Tribo banguela não combina com cacique sorridente
É tanta gente rica, mas é tanto indigente
Sobrando incruzilhada, o que não falta é inspiração
Esse é o país da sacanagem, é o país da putaria
Pra vender cerveja é a felicidade
Vendendo sexo a qualquer idade
Olha mamãe esse é o atalho pro perigo
A iniciação ao risco é que é gostoso
Tem campanha, tem recado e o Daza avisa:
Isso mata de curiosidade

Vejo o degelo da promessa no palanque dessa festa
E acredito muito pouco nos exemplos de conversa
É pra fazer o que se faz ou é pra fazer o que se diz
Se qués, qués, se não qués, diz

Preto, vermelho, pipoca, galinha sem cabeça
O mundo gira e a coisa fica como tua, vai
Se vira, dá um jeito!

Saturday, October 28, 2006

Me ame
me ligue
me chame
me abrace
me beije
no instante
me olhe
sorria
me adore
me cheire
carinho
rebole
me cegue
me guie
me mude
me ensina
me leve
me estude
me pegue
com força
nao solte
sou sua
sou única

!!ENJOY!!

Lise de Paula

Friday, October 27, 2006

Acordou. Cansada como de costume, mas com entusiasmo diferente dos dias anteriores. Olhou o dia, lindo, cheio de luz e vida. Depois de dar um belo bom dia a sua cachorrinha, como de costume, espreguiçou-se e foi escovar os dentes, lavar o rosto e se preparar para mais um dia, hoje em especial, com o desejo de não ser mais um dia. Calma estava, vestindo o top, calça, tênis e meias. Separando a roupa de trabalho, shampoo, condicionador, sabonete, perfume, hidratante, toalha, calcinha...depois de tudo pronto e posto dentro de sua malinha matinal, tomou seus comprimidos, pegou a chave do carro e foi malhar.

Depois de longas horas de corrida, pesos e alongamentos, tomou seu banho naquele banheiro comunitário, mas bem arrumadinho e ajeitadinho, colocou sua roupa, penteou os cabelos para trás, passou seu perfume, se olhou no espelho, jogou sua cabeça para frente e para trás, soltando seus cabelos ainda encharcados do banho corrido. Se olhou mais uma vez, confiante, segura, com a certeza que neste dia, algo de bom lhe aconteceria. Sua intuição geralmente aguçada, lhe dizia. Pegou então a chave na mochila, seguiu em direção ao seu carro, com um sorriso entusiasmado, enfeitiçando todos que passavam por ela. Entrou no carro, colocou seus óculos escuros, ligou o som e saiu pelas ruas coloridas e iluminadas naquela manhã de verão.

Chegando no trabalho, com muito bom humor, falou com todas as pessoas, entrou em sua sala, sentou em seu computador e se programou para mais um dia de textos, revisões, e-mails, reuniões, decisões...seu telefone começou a tocar. Lembrou-se então que havia combinado de almoçar com seus irmãos. Atendeu ao telefone, era seu assistente um pouco atrapalhado, querendo orientação do nome da rua que ficava o restaurante combinado para fazer aquela matéria em especial. Afobado ele estava, por ter a oportunidade de ver com seus próprios olhos aquela gostosona que estava na mídia. Ela riu dele, o acalmou e deu as orientações necessárias para ele conseguir chegar no bendito local e fazer uma excelente reportagem que poderia lhe render a capa do mês. Desligou o telefone e voltou para a caixa de entradas do seu e-mail, leu e respondeu cada um, com toda calma e paciência. Olhou umas planilhas, prendeu seus cabelos que estavam lhe incomodando os olhos, abriu sua agenda e ficou alguns poucos e duradouros segundos olhando aquela fotografia, que lhe trazia tantas boas lembranças mas que deveria ser esquecida e guardada. Olhou o relógio, se assustou com a hora, já estava atrasada, tinha que conferir a prova de fotos da seção de moda e depois sair correndo para encontrar seus dois irmãos no restaurante que eles tanto gostavam e sempre se divertiam, mesmo que por pouco tempo devido a sua rotina corrida e atribulada.

Chegando no restaurante, seus irmãos já estavam lhe esperando, pareciam contentes e conversavam com muito entusiasmo. Quando eles a viram abriram um sorriso e se levantaram para abraçá-la, como sempre faziam. Ela se sentia imensamente feliz e segura com aquele abraço fraterno. Sentaram-se novamente e depois de algumas brincadeiras decidiram pelo prato de sempre. Riram do pedido nada inovador, mas se sentiam satisfeitos com a ótima escolha do menu. Sua irmã mais nova lhe deu o convite de sua formatura. Todos estavam muito felizes por mais uma conquista da família, a caçula estava se encaminhando, crescendo e amadurecendo. Por mais que essa notícia lhe causasse um certo frio na espinha e noção de como estava ficando velha, ela se sentia feliz pela conquista e crescimento da irmã. Seu irmão estava lindo, com a barba bem feita, vestindo um terno muito alinhado, contava sobre o quarto mês da primeira gravidez de sua esposa. Ela se sentiu em paz, como há muito tempo não se sentia, ali com seus irmãos tão queridos, sempre unidos, mesmo com as adversidades de rotina, diferentes hábitos e idade. Eles como sempre preocupados com sua vida corrida e sem tempo. Ela os acalmava e contava seus planos de uma viagem de descanso. Ainda não tinha se decidido para onde e nem o que fazer, sabia apenas que queria descansar, ver paisagens, correr, visitar museus, ir a teatros, enfim, algum lugar que conseguisse tirar dos seus pensamentos e sentimentos tudo que lhe afligia. Os dois irmãos sempre muito carinhosos, se acalmaram ouvindo seus planos e deram-lhe forças para ela não desistir como havia feito no ano anterior.

Voltando ao trabalho, ainda no carro, ligou o som, e ouviu aquela música que lhe causava certa nostalgia, principalmente depois de um almoço em família. Sentiu-se sozinha, distante, infeliz, mas seus sentimentos foram logo interrompidos pelo celular que começou a tocar e ocupar sua mente. Depois de longas horas de trabalho e ocupações ela viu que estava na hora de ir para casa. Estava se sentindo exausta, acabada, cansada. Pegou sua bolsa, tirou a chave do carro e foi embora, querendo apenas um bom banho e sua cama para descansar, esquecer e relaxar.

Chegando em casa, jogou a bolsa em cima da mesa, brincou com sua cachorrinha que era sua companheira de muitos anos, desde que saiu da casa dos seus pais, tomou um banho e foi se deitar. Com o pensamento já longe nas suas lembranças diárias pegou no sono. Seu telefone começou a apitar conseguindo acordá-la, deixando seus sonhos. Era uma mensagem. De quem? Pensou ela. Àquela hora, naquelas circunstâncias e depois de tanto tempo..não, não poderia ser.

Mensagem: Saudades...ainda te amo!

Ela então abraçou seu celular, sorrindo, sentiu-se feliz, confortável em sua cama, rodeada dos seus travesseiros e adormeceu, em paz.

Lise de Paula

Thursday, October 26, 2006

Tô com saudade!

de você,
da gente,
de carinho,
de abraço,
de beijo,
de risos,
de danças,
de chopp,
de night,
de amigos,
de conversas,
de ter o que fazer,
de palhaçadas,
de ligações,
de Icaraí,
de primos,
de festas,
de almoço em família,
de churrasco dos amigos,
de amor,

...do seu amor....

Lise de Paula

Wednesday, October 25, 2006

Ansiosa para certos acontecimentos...sem muito que escrever, segue este poema do grande Vinicius.


A um passarinho

Para que vieste
Na minha janela
Meter o nariz?
Se foi por um verso
Não sou mais poeta
Ando tão feliz!
Se é para uma prosa
Não sou Anchieta
Nem venho de Assis.


Deixa-te de histórias
Some-te daqui!

Vinicius de Moraes


...para o bom entendedor, meia palavra BASTA =P

Tuesday, October 24, 2006

A vida é muito engraçada, doida, inconstante...viver é incrivelmente difícil e amável. Quantas experiências passadas, vividas, aprendidas, arrependidas. È difícil explicar como é, o que é, pra que é - VIVER!Já tentei escrever diversas vezes sobre esse tema, já me entristeci diversas vezes com a minha vida, já pensei em morrer, já pensei em fugir, muitas e muitas e muuuiittasss vezes chorei, muitas vezes me arrependi, muitas vezes voltei atrás, muitas vezes admiti, muitas vezes errei, muitas vezes me perdi, mas também me encontrei, me diverti, amei, gargalhei, vivi...intensamente mesmo quebrando a cara, caindo, levantando e tentando entender o sentido, a direção, o por que e principalmente pra que e pra quem?!?
Estou escrevendo isso porque este ano, ou melhor, há alguns anos, a vida não tem sido muito fácil para mim..não pelo menos como sonhava. Tive que viver muitas coisas que não gostaria, me decepcionei bastante, estou longe de pessoas que eu amo muito, para estar perto de outras que talvez sejam a minha razão de viver. É incrível quando me lembro da minha infância, as cores são mais nítidas, o cheiro é mais doce, a alegria é mais intensa. Imaginei outra vida para mim, achei que tudo seria bem mais fácil. Sempre cresci ouvindo, seja boa, estude, trabalhe, assim será alguém, feliz...Guiei-me nesse gráfico de sucesso, que não é verdadeiro. Achava que sendo boa aluna, tirando boas notas, entrando na faculdade, me formando, sendo boa, honesta, verdadeira, amiga estaria com a vida ganha. Mas isso não é verdade...primeiro que só em decidir o que fazer e conseguir se estabilizar, se realizar e se sustentar da maneira que você sonhou, não é tão simples assim...depois que achava que teria o príncipe dos meus sonhos, que chegaria em um cavalo branco, me roubando dos bandidos e seria assim feliz para sempre...realizada, amada, bem sucedida..(ai, ai..doce ilusão!). Desde meu segundo namorado devia ter visto que não seria assim tão fácil e muito menos tão doce! Entretanto na minha vida posso dizer que aproveitei e aproveito muito, conheci pessoas incríveis, aprendi muito com elas, confiei muito em umas que não deveria, desconfiei de outras quando não tinha necessidade....conheci alguns países, algumas culturas, alguns estados, algumas cidades...Mudei-me diversas vezes e com isso cresci, amadureci e tive a oportunidade de conhecer e viver coisas bem legais e diferentes...sempre!Enfim o que me trouxe na verdade para essa linha de pensamento e conversa filosófica de boteco é que quando me pergunto o que quero da minha vida, apenas uma palavra vem na minha cabeça: FELICIDADE ! E todas as vezes que me sinto imensamente triste e sozinha me questiono, o porque ser tão difícil ser feliz. Como uma simples palavra é tão fácil de se falar e tão difícil de se viver. Porém nessa minha busca desesperada e insana pela felicidade, tenho aprendido algumas coisas e uma delas deixo aqui reescrito. Recebi essa semana em um comentário no meu blogger, de mais um novo amigo. Uma frase que me fez repensar na minha busca:

“felicidade não é o que possuímos mas sim o que temos para compartilhar.”

Depois disso, tive uma constatação incrível...SOU MUITO FELIZ!
Por tudo que compartilhei e ainda vou compartilhar com todas as pessoas que fizeram, fazem e ainda farão parte da minha vida. Passei momentos incríveis e tenho muito que dividir e viver mais, mais e mais!São tantos sonhos, tantas vontades, tantas descobertas e procura...enfim..na verdade não quero apenas ser feliz...eu quero É VIVER!!
Despeço-me então com esse trechinho de uma música linda que eu A.D.O.R.O. !!!

“Eu fico
Com a pureza da resposta das crianças
É a vida, é bonita e é bonita
Viver, e não ter a vergonha de ser feliz
Cantar e cantar e cantar
A beleza de ser um eterno aprendiz
Ah meu Deus eu sei, eu sei
Que a vida devia ser bem melhor e será
Mas isso não impede que eu repita
É bonita, é bonita e é bonita...”


E vivam...sempre...intensamente...porque o gostoso da vida é VIVER!

Lise de Paula

Monday, October 23, 2006

Metáfora

É incrível como simples palavras mudam completamente o humor, preocupação, estado de espírito, nos faz pensar..enfim. Estava eu um dia desses adiando meu trabalho, navegando e batendo papo furado na Internet quando de repente li:

G: - Cuidado para não ficar no cais vendo o navio partir!
L: - Gostei da metáfora! Você teria coragem de me deixar acenando?!?
G: - Qualquer coisa eu jogo uma âncora, até você subir e alcançar o navio..rs!
L: - Fico contente com a sua resposta!

Depois de muitos bla, bla, blas..

G: - Se cuida querida.Estou com saudades!
L: - Eu também.Muita!
G: - Pense naquilo que te disse...
L: - Podexá! Vou pensar com muito carinho!
G: - Beijos!
L: - Bjim..cuide-se também :)

Depois disso perdi meus sentidos, a razão. Senti-me tonta, atônita...sem saber o que fazer, como agir. Até hoje ela não sai da minha cabeça e do meu coração.Não durmo, não relaxo e o pior, ainda não resolvi o que fazer! Na verdade muitos acontecimentos que me causam dor, dúvida e precisam de decisão, eu acabo deixando de lado. Sempre acho que no fim tudo se resolverá, mas nem sempre é desta forma que acontece...já perdi muitas coisas importantes simplesmente fingindo não me importar com certos fatos que me doem, ou me fazem perder o sentido, a razão. Espero sinceramente que não seja tarde, em todos os sentidos, por tudo que deixei um dia e fingi não me importar...e que se for, que seja e/ou tenha sido para o melhor!
Desde então, tento trocar essa metáfora por uma muito linda que alegra meus pensamentos...de Mário Ruoppolo para Beatrice Russo no filme “O Carteiro e o Poeta” :

“seu sorriso se abre como as asas de uma borboleta”

Pelo menos até eu me acalmar e realmente decidir algo e não apenas ver no que vai dar!
Depois disso tudo vivo em um momento profundo de reflexão...ou como diz a minha mãe... momento de reforma íntima..rs!

Lise de Paula

Sunday, October 22, 2006

Olho a lua
como está linda
cheia de brilho...luz...vida
Volto ao tempo
revivo cada momento
SAUDADE!
Volto em mim
estou chorando,
mas não há lágrimas em me rosto fino, frio, sem vida.
Meu coração apertado
dói, lateja... para.
Meus olhos ainda fixos na beleza da luz intensa e viva...
tento voltar no tempo
me canso, me calo, me mato!

Lise de Paula

Friday, October 20, 2006

Conversa

(Em um coffeshop)

Ele: Sinceramente eu acho que você deveria se benzer.
Ela 1: Também estou achando, essa urucubaca que me jogaram esta foda. Nesse ano, em dez meses, oito tive problemas de saúde. Roubaram meu celular, roubaram meu namorado, passaram a mão na minha bunda no ônibus...

(E uma grande gargalhada se fundiu no estabelecimento.)

Ela 1: Só falta agora eu perder o emprego e ser atropelada!

(Deixando a revista de lado.)

Ela 2:Vai boba, essa é a oração que você faz para você!

(Ela 1 bate três vezes na mesa.)

Ele: Quer que eu inverta todos os acontecimentos em coisas boas?
Ela 1: Se você conseguir?
Ele: Um: Esse babaca não te merece!
Dois: Sua conta de celular baixou e hoje você esta com um aparelho bem melhor.

(Cortando ele)

Ela 1: Hahaha..faz-me rir..só falta agora você dizer que o cara que me passou a mão tem bom gosto!

(Todos riram.)

Ela 1: E a saúde?
Ele: Você precisa se cuidar mais!
Ela 1: Mais do que eu me cuido e..

(Interrompendo Ela 1)

Ele: Você se cuida quando o negócio extrapola e precisa de cuidados, normalmente você abusa! É sério...você não pode ver apenas o lado ruim.O problema depende da intensidade que cada um da a ele.O ano teve muitas coisas boas...aposto!
Ela já desanimada: Talvez você tenha razão...mas sinceramente a única coisa boa do meu ano foi a minha carteira de motorista!Definitivamente!

(Voltando ao livro esquecido desde o início da conversa, Ela 1 com o pensamento ainda longe dos escritos começa a pensar em talvez dar razão a Ele. Recorda-se de alguns fatos dos dez meses, de coisas engraçadas, amigos que fez, pessoas que conheceu, situações que passou, tudo que aprendeu...mas logo se lembra de mais uma desgraça do ano - Nas vésperas do feriado, quando chegou em casa, tropeçou e ficou com o pé imobilizado, durante três dias! Ela 1 vira-se para Ele indignada.)

Ela 1: Humpf... Ê ano...

(Lado bom?Ela não trabalhou na sexta!)

Lise de Paula

Thursday, October 19, 2006

O começo

É estranho como um simples blogger mudou meu humor, aumentou minhas vontades e expectativas essa semana. Sinto-me livre, alegre, realizada, leve...como há muito tempo não me sentia.(Principalmente depois daquela metáfora que não sai da minha cabeça..mas deixo este assunto para outro post!).O mais incrível disso tudo foi a grande descoberta do quanto escrever me faz bem.Não tenho palavras para descrever como me sinto depois de ter desabafado tudo que meu cérebro me perturba e remoe all day.Imagino que a escrita para mim tenha o mesmo efeito da endorfina.(Ai, ai..como estou feliz!).Alguém me disse que talvez eu esteja me sentindo assim por causa da academia..ou dos planos que estão na minha cabeça..mas não, tenho certeza que o culpado de tamanha excitação e vontade é o meu novo blogger..risos!Descobri a escrita no ano de 2000. Eu tinha 17 aninhos, estava no 3º ano do ensino médio, ano cruel, de vestibular.Confusa estava, por tamanha responsabilidade de resolver o que fazer da minha vida.Sozinha, por ter me mudado e estar longe de casa, dos meus pais e irmãos.Triste me sentia. Um belo dia resolvi escrever minhas angústias.Fiquei horas rabiscando e de repente, criei coragem e comecei, depois de um longo tempo, me senti renovada, outra pessoa e desde então utilizo deste artifício para conseguir encarar os fatos cruéis e difíceis do meu cotidiano.Sempre fiz esse exercício anonimamente.Era coisa minha, nunca compartilhei com ninguém até aparecer o tal do orkut.Quando me inscrevi e fui fazer o meu perfil, tive que responder uma simples pergunta...o que eu sou?Hum... Lise de Paula oras... ”E agora José?!?”, pensei eu.Alguns meses se passaram e eu consegui escrever enfim algo que me definisse, não especificamente, mas poeticamente, talvez. Passaram-se alguns meses de orkut e um belo dia, um amigo me disse:

- Lise, você escreve?
E eu respondi:
- Sim. Por quê?
E ele falou:
- Li seu perfil no orkut e gostei muito.
E eu:
- É. Costumo escrever para desabafar.
E ele:
-Hum..

Alguns dias depois

Ele:
-Quero ler o que você escreve.
Eu:
- Jamais!Não mostro pra ninguém, nunca mostrei.
Ele:
-Porque não?
Eu:
-Não sei. Nunca pensei.
Ele:
-Mas eu sou especial. Não mereço?
Eu:
-É sim. Mas não. Quem sabe um dia..
Ele:
-Não me conformo.Não compreendo. Quem sabe você pode se transformar um dia em uma escritora famosa, lançar vários livros...enfim..e você simplesmente esconde seus escritos em uma gaveta, e não nos deixa compartilhar.Omite isso ao mundo.Como?
Eu:
- De uma maneira simples. Não escrevo para satisfazer o meu ego, mas para acalmar meus anseios.Escrevo para mim e não para os outros.Se um dia ficar famosa que seja pela minha profissão de publicitária na qual fiquei quatro anos da minha vida estudando e pretendo fazer disso o meu sustento e satisfação e não por um hobbie. Mas, quando escrever meu livro, depois de plantar uma árvore e ter um filho, se eu ficar famosa, lembrarei de você! Ah..e te chamo para fazer as ilustrações, combinado?
Ele:
-Ta bom. Mas deixa eu ler?
Eu:
-No livro, eu deixo.
Ele:
- Com dedicatória?
Eu:
-Combinado. Coloco até um agradecimento especial na primeira página...
E nós:
(Rimos...)

Em outro dia...tive necessidade de escrever algo. Minha primeira poesia... entregue. Mostrando meu eu, verdadeiro e profundo...que antes era só meu. Apesar de ter passado algum tempo, é uma das minhas preferidas. Surpreendi-me comigo mesma.As palavras saiam da minha mente com tanta rapidez, leveza e sutileza.Ficou tão lindo e harmonioso.Além de ter rendido muitos elogios e comentários...risos! EGO!!! (Até hoje não sei como tive coragem de entregar! Mas ficou muito bom!). E depois disso, tudo ficou mais fácil..continuo escrevendo sempre e mostrando para algumas pessoas que me pedem e/ou que eu gosto da opinião.E agora o farei no blog. Enfim, segue a poesia em questão e um agradecimento especial a esse amigo que tornou isso possível.Apesar dos pesares, foi muito bom tudo o que aprendi com você.Tornei-me mais segura, confiante.Posso até dizer que fiquei mais atrevida e corajosa. Não me importo tanto com as opiniões e julgamentos. Não preciso ser aprovada para me aprovar. As coisas se tornaram mais simples. Espero sinceramente que você fique feliz por este post. Assim como eu estou agora!Mesmo porque... por mais que ninguém entenda bem isso e o que toda essa mudança representa para mim...você entende, não é mesmo?
Um beijo!

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Te Quero

Te quero hoje, te quero agora, te quero sempre
te quero alegre, te quero feliz, te quero contente
te quero lindo, te quero rindo, te quero homem
te quero amigo, te quero leal, a todo instante
te quero companheiro, compreensivo, meu amante
te quero por inteiro, o teu abraço, um romance
te quero cheiroso, te quero gostoso, te quero elegante
te quero feio, te quero amarrotado, a qualquer instante
te quero de tantas maneiras que não consigo explicar
não de qualquer jeito, sem fazer efeito, e dar o que falar
quero seu carinho, companheirismo e proteção,
Amizade, lealdade, te dar as mãos
sua felicidade, seus conceitos e conhecimento
seu respeito, seus conselhos, sua admiração
te quero na memória, na minha vida, minha história
ser sua inspiração, seu efeito, sua glória
te quero junto, te quero perto, te quero...
que seja eterno enquanto dure,
e guardado na memória
como uma boa lembrança
nas nossas vidas,
nossas histórias
E te querendo vou seguindo em frente,
na luta, sempre contente
te tendo dessa maneira ou não,
sempre com a certeza
que estou em seu coração,
como amiga, companheira e com proteção
sendo isso o mais importante de nossa relação.

Lise de Paula

(...e foi!)

Wednesday, October 18, 2006

Quem dera eu ser um pássaro,
voar...livremente.
Estar perto de quem eu quero, de quem eu gosto, de quem eu sinto falta.
Parar em uma janela,
fuxicar o que me incomoda.
Estar PRESENTE do que sou hoje ausente.
Cantar, cantar, cantar
voar...voaar...voaaaaar.
Esquecer o que me prende.
Viver.Livre!
Sem pensar...apenas
voar, voar e voar!

Lise de Paula

Tuesday, October 17, 2006

Entusiasmada!Talvez seja essa a palavra mais apropriada e que define meus sentimentos nesse momento.Apesar de não saber exatamente o que escrever, minhas mãos tremem de vontade, as palavras se transformam em dança na minha mente, meu coração bate forte, meu pensamento voa, como uma borboleta, passeando pela minha imaginação...fértil, definindo, juntando e montando cada frase ainda sem sentido para construir meu blogger, meu mundo, meu cantinho.Excitada estou.Cheia de expectativas e curiosidade dessa novidade do mundo globalizado.Em pensar que vou expor meus escritos, minhas poesias, meus desabafos.Não ter mais privacidade dos meus próprios pensamentos, por livre e espontânea vontade até que a morte nos separe....me dá um frio na barriga..ai, ai!!Enfim..primeiro dia...deixo então o meu recadinho:
A você que está passando por aqui, divirta-se, delicie-se, aproveite cada palavrinha escrita e principalmente...CARPEDIEM-SE!!!!

(Vamos ver no que isso vai dar =P)


Lise de Paula